A Obesidade não é um vício

28/06/2024

A Obesidade não é um vício

A obesidade é frequentemente mal compreendida e, infelizmente, muitas vezes comparada a um vício. Esta comparação simplista não só estigmatiza aqueles que vivem com a condição, mas também ignora as complexidades biológicas e emocionais envolvidas. 

Vamos desmistificar esse equívoco e entender por que a obesidade precisa ser abordada com empatia, conhecimento e tratamentos individualizados.


Comer é uma necessidade vital

Diferentemente do consumo de substâncias químicas, comer é uma função vital e essencial para a sobrevivência. Enquanto é possível se abster completamente de drogas ou álcool, todos precisamos comer para viver. Essa necessidade torna impossível "ficar livre" de comida, tornando inadequada qualquer comparação direta entre alimentação e vícios.


Reganho de peso: mudanças biológicas e não "recaída"

O reganho de peso após uma perda não deve ser visto como uma "recaída". Estudos mostram que, após a perda de peso, o corpo passa por adaptações biológicas que aumentam a fome e o prazer associado à alimentação, além de reduzir o gasto energético. Essas mudanças são mecanismos de defesa do corpo para manter seu peso máximo, complicando a manutenção da perda de peso.


Respostas diferentes ao sistema de recompensa

Na dependência química, o sistema de recompensa do cérebro responde intensamente à reexposição à substância, resultando em recaídas rápidas e persistentes. Essa dinâmica é diferente da resposta ao alimento, que não provoca essas reações extremas. A ideia de que o prazer de comer pode ser comparado ao uso de drogas é equivocada e prejudicial.


Compulsão alimentar e vício: distinções importantes

Embora pessoas com transtorno de compulsão alimentar possam exibir comportamentos que lembram um vício, as características e mecanismos subjacentes são distintos. A comparação entre compulsão alimentar e vícios químicos não é apenas ineficaz, mas também prejudica a compreensão adequada da obesidade e suas causas.


Tolerância e abstinência

Dois sintomas clássicos de dependência química, a tolerância (necessidade de doses maiores para o mesmo efeito) e a abstinência (sintomas físicos ao cessar o uso), não se aplicam ao consumo de alimentos. A obesidade envolve uma interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais, exigindo uma abordagem multifacetada.


A obesidade como doença crônica

A obesidade é reconhecida como uma doença crônica que requer tratamento contínuo e vigilância. Isso inclui entender as mudanças biológicas que influenciam a regulação do peso e implementar estratégias personalizadas para cada indivíduo. A gestão da obesidade não pode ser simplificada a uma questão de força de vontade ou autocontrole.


A importância de um tratamento individualizado

Abordar a obesidade com respeito e compreensão é crucial. Cada pessoa tem uma experiência única, influenciada por genética, ambiente e outros fatores. Tratamentos baseados em evidências, apoio psicológico e mudanças de estilo de vida são essenciais para um gerenciamento eficaz do peso.


Compartilhe conhecimento e apoio

A obesidade precisa ser compreendida em sua totalidade, livre de estigmas e comparações prejudiciais. Compartilhe este conhecimento com amigos e familiares para promover uma compreensão mais profunda e empática da condição. Com o apoio certo, é possível alcançar um peso saudável e uma vida plena.


Agende sua consulta

Para uma abordagem personalizada e baseada em evidências no tratamento da obesidade, agende uma consulta com a Dra. Aline Curcio. Com foco nas suas necessidades, ela ajuda você a alcançar seus objetivos de saúde de maneira segura e eficaz.

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